É por isso que eu quero transmitir aos brancos essas palavras de alerta que recebi de nossos grandes xamãs. Através delas, quero fazer com que compreendam que deviam sonhar mais longe e prestar atenção na voz dos espíritos da floresta.
Davi Kopenawa Yanomami
Para segurar o céu
Esta é uma newsletter para viver o fim do mundo. O fim do mundo que já está aqui, na Terra Indígena Yanomami e no Capitólio dos Estados Unidos, nos recifes de corais e nos corredores de supermercado, que corre nas nossas veias em forma de ansiedade e microplásticos. O fim de pelo menos um mundo, inevitável e urgente.
Mas mais do que falar sobre o fim do mundo, a intenção é vivê-lo. E portanto viver o tempo do mito, o tempo do sonho, e a possibilidade de que colocar-se presente diante do colapso abre portas preciosas para o amor incondicional pela Terra — e de que talvez esse amor seja tudo que precisamos para seguir.
Estes textos são um caminho que encontrei para abrir meu coração para os nossos tempos imprecedentes e para a inteligência infinita da Vida. Espero que faça sentido pra você também.
Sigamos
Porque viver o fim do mundo é inevitável e urgente. Porque precisamos fazê-lo juntes, inspirando-nos e nutrindo-nos mutuamente. Porque precisamos tecer redes e compartilhar visões para além das relações mediadas por algoritmos de corporações bilionárias.
Os textos chegarão no seu e-mail, para você ler na hora que quiser, no ritmo que preferir. Você pode sempre me responder, mandar um zap, comentar nos posts e acessar as publicações antigas no arquivo.
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Sobre mim
Marina Alves, Itaúna-MG, gen Z.
Gosto de plantas, palavras, tradições milenares, relações não mediadas por convenções sociais e práticas de comunhão profunda com a Vida.
